As botas foram substituídas por tênis descolados, o chapelão
deu lugar aos cabelos arrepiados e a calça de couro ficou mais justa - ao
melhor estilo rock-n'-roll. Essa é a descrição de um dos principais nomes da
nova geração da música sertaneja: Luan Santana, terceira atração da Festa
Junina do Pinheiros 2012.
Não é só no visual que o cantor teen lembra os superstars
internacionais. Aos 21 anos, o sul-mato-grossense tem seu próprio jatinho, 50
produtos licenciados em seu nome, como cadernos, balas, roupas, entre outros
mimos, e, no ano passado, realizou mais de 200 apresentações.
O fenômeno musical ficou conhecido no Brasil, em 2009, com a
música Meteoro. Agora, o garoto prodígio quer se firmar como músico com o novo
disco Quando chega à noite. O quinto álbum apresenta um artista em busca da
maturidade musical e já conta com a faixa Você de Mim Não Sai na trilha sonora da
novela Avenida Brasil (da Rede Globo) e no topo das mais tocadas nas rádios de
todo o País.
Em entrevista exclusiva à Revista Pinheiros, Luan Santana contou
o que mudou na sua vida depois de conquistar fama nacional, o que prepara de
especial para o show no Clube e quais são seus planos para o próximo trabalho.
Você acha que esse novo disco marca um amadurecimento profissional?
Sim. Quando chega a
noite é o trabalho que mais tem composições minhas. São sete e isso me deixa
bem mais presente e mostra uma evolução como compositor. O álbum também
apresenta músicas mais profundas, que falam de amor de uma forma mais adulta, e
os arranjos estão mais sertanejos. Essas mudanças aconteceram com o tempo. A
estrada amadurece muito o artista.
Você também assinou a produção do disco ao lado de Fernando (que
faz dupla com Sorocaba). O que isso alterou no resultado?
Costumo assinar a
produção de todos os meus trabalhos, porque gosto de acompanhar de perto tudo o
que envolve meu nome. Acredito que um CD tem de ser sempre inovado, diferente
do anterior, mas sem sair do seu estilo. Esse é o maior desafio da produção e
assinar os arranjos e a direção é uma forma de buscar o melhor caminho.
Você encontrou
esse caminho? Qual foi?
Para esse disco,
apostamos mais na guitarra. Só isso já daria uma nova cara para o trabalho, mas
também incluímos sanfona e a minha voz está diferente. Gravei tudo mais alto o
que deixou o álbum com um som mais pesado.
O disco saiu com uma tiragem de 200 mil cópias. Isso é uma amostra de
que seu público permanece fiel?
Essa marca é muito
significativa. Hoje em dia, você colocar esse número nas lojas é uma marca
impressionante, ainda mais um CD de inéditas que não acompanha um DVD. A galera
estava esperando muito por esse disco, teve uma enquete que apontava como o
álbum mais aguardado de 2012. Existe uma aposta nossa e dos meus fãs de que vai
ser legal.
Qual o seu envolvimento na produção do CD?
Eu escolho o
repertório com o Fernando, passo as minhas ideias para cada música, se será
tocada no piano, no violão ou com uma orquestra. Para esse último trabalho,
escrevi algumas músicas.
Seu nome apareceu pela primeira vez na lista do ECAD 2011 (Escritório
Central de Arrecadação e Distribuição) como o nono artista que mais lucrou com
composições. Isso aponta outro caminho artístico?
Fiquei muito feliz
quando vi meu nome na lista. Agora, com esse novo disco, que tem muito mais
músicas minhas, devo subir mais nesse ranking. Na verdade, nem esperava estar
lá, porque os primeiros nomes são os do Sorocaba, do Victor Chaves e do
Tiaguinho, artistas que compõem demais e têm discos com músicas só deles. Eu,
nos meus primeiros trabalhos, quase não escrevi.
Falando de composição, o que inspira você a escrever? Tem alguma rotina?
Geralmente escrevo
depois do show. Chego de madrugada no hotel, com a adrenalina lá no alto e sem
sono. Aí vêm as idéias, lembro de filmes que assisti e que tinham um tema
legal, ou até mesmo de outra música, que curti uma palavra, aí faço outra
música. Componho bastante em parceria com o Thiago. A gente escreve a
distância, passo para ele, pelo celular, um tema ou uma idéia, ele dá uns
toques e devolve.
Qual a sensação de conquistar o Brasil com menos de 20 anos?
Nossa, foi uma coisa
que nem sonhava que poderia acontecer. Acho que ninguém que estava à minha
volta esperava. Todo mundo falava para eu esperar para gravar um disco, que
cantor para fazer sucesso tem de ter mais de 30 anos ou tem de ter uma dupla.
Mas, insisti, gravei, me lancei sozinho, e deu certo. Mesmo sabendo que seria
difícil, acreditava que o Brasil precisava de uma coisa diferente. É uma
satisfação maravilhosa ver um público de 35 mil pessoas cantando as músicas que
você compôs uma semana atrás.
E como fazer um jovem de 20 anos manter o pé no chão?
Convivi desde cedo com
muita coisa errada. Tive de decidir, muito cedo, o caminho que queria seguir.
Vi drogas, bebidas, a galera fazendo coisas erradas, mas sempre fui muito
cabeça, sempre fui muito pé no chão, até pela educação que tive. E isso me deu
base para escolher o meu caminho, mas tive muita oportunidade para ir para o
lado errado. Até por isso muitas pessoas me veem como exemplo, mas é tudo muito
natural, não tem personagem.
É possível continuar a mesma pessoa depois de alcançar o sucesso?
Na verdade, muda muito
mais o que está ao seu redor do que você mesmo. As pessoas ficam um pouco
diferentes com você. Alguns amigos se afastam, outros se aproximam. Acho que
mudei para melhor e amadureci muito, em pouco tempo, o que não teria acontecido
se não tivesse essa vida.
Sua carreira é planejada?
Sim. Gravo um disco
pensando no próximo. Agora, que lancei esse, já quero que o próximo seja
lançado com um DVD, pegar os sucessos desse trabalho. Mas, vou querer um
trabalho mais acústico e mais intimista. Porém tudo pode mudar também.
Quais são suas influências musicais e como
você as processa no seu trabalho?
Escuto muita coisa. Gosto
de country americano, Nickelback, rock internacional, ouço muito Zezé Di
Camargo da década de 90, Chitãozinho & Xororó, Tonico e Tinoco e Milionário
e José Rico. Quando vejo a minha música, percebo um pouco de cada um desses
artistas. O sertanejo mudou muito de uns tempos para cá, mas acho que a
essência é a mesma, o jeito de falar de amor ainda é o mesmo, apesar de ter
ficado mais apelativo, mas se depender de mim terá outro jeito de falar de amor
e ser acessível para todas as idades.
Você foi um dos responsáveis por trazer os
jovens e renovar o público da música sertaneja. Como você se sente com essa
responsabilidade?
Realmente, acho que
esse é um dos grandes marcos da minha carreira. Tanto no jeito de se vestir
quanto no jeito de fazer música, todas essas mudanças foram para trazer um
público diferente. Hoje, os shows sertanejos são os que mais lotam no Brasil.
Mas, não fico pensando muito nisso não. Minha preocupação é fazer coisas novas
a cada trabalho.
O sertanejo vive de momentos diferentes. Como você faz para se
atualizar?
É muito importante
ouvir trabalhos diferentes. Escutar é o que mais faço. Gosto de trazer novos
sons para o meu estilo, para o meu tipo de música. Isso é muito importante para
abrir novos caminhos, dentro da sua verdade.
Onde você quer chegar?
Quero continuar
levando minha música para um público cada vez mais diferente, ampliar ainda
mais o número de fãs.
Como você vê o sucesso de outros cantores
que seguiram a sua linha de trabalho?
Essa é a nova vertente
da música sertaneja. Todo mundo que vem é para somar e deixar o gênero cada vez
mais forte. Não tem esse negócio de concorrência ou ciúmes.
A mistura de estilo sertanejo é a marca da Festa Junina do
Pinheiros. O Brasil se acostumou à diversidade no gênero?
Essa programação do
Pinheiros é o maior exemplo da força e da diversidade da música sertaneja. O
Renato Teixeira e o Sérgio Reis são responsáveis pela popularidade da música
sertaneja. O Daniel, com o João Paulo, levou a canção sertaneja para as cidades
e falou de amor. Edson e Hudson marcam época com personalidade no som. O grande
lance da música sertaneja é que ela é feita para a família e cabe tudo nela.
Com 25 shows por mês, você tem uma disciplina igual à de um
atleta?
Quando fazia 25
apresentações não tinha tempo nem para me preparar. As coisas iam acontecendo
na correria. Mas esse ano consegui organizar melhor, continuo fazendo muitos
shows, mas no mínimo de cidades possível. Isso muda até o resultado do show,
das composições etc.
O que não pode faltar no show do Luan Santana?
Graças a Deus tem
muita música que não pode faltar. Amar não é pecado é uma delas e a galera está
cobrando as músicas novas, como Incondicional e Te vivo. Com certeza elas
estarão no show da Festa Junina do Clube.
Fonte: Clube Pinheiros
2 comentários:
luan santana eu te amoooooooooooooooooooooo
luan santana sei que vc nao ira ver o que marielen de bragança paulista esta comentando mais msm assim e bom sonhar... luan santana pedi de aniversario para minha mae que se possivel eu queria te ver de perto pfv os outros falam que so pq vc e cantor vc nao liga para os pobres mais pfv vem em bragaça pta no jardim iguatemy vale encantado pfv bj te amo mt
Postar um comentário